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Macunaíma

Iara Rennó

Letra

    No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma
    Era preto retinto e filho do medo da noite

    Houve um momento em que o silêncio foi tão grande
    Escutando o murmurejo do Uraricoera,
    Que a índia tapanhumas pariu uma criança feia
    Macunaíma já na meninice fez coisas de sarapantar
    De primeiro passou mais de seis anos não falando e si o incitavam a falar exclamava:
    - Ai! Que preguiça!...
    E não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha,
    Maanapê, Já velhinho
    E Jiguê, Na força de homem
    O divertimento dele era decepar cabeça de saúva.
    Pouca saúde, muita saúva, os males do Brasil são
    Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro,
    Macunaíma dandava pra ganhar vintém, Acuti pita canhém
    No mucambo si alguma cunhatã se aproximava dele pra fazer festinha,
    Macunaíma punha a mão nas graças dela, cunhatã se afastava
    Nos machos cuspia na cara

    Porém respeitava os velhos e freqüentava com aplicação a murua a poracê o toré o bacorocô a cucuicogue, todas essas danças religiosas da tribo


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