Dopamina
Abro los ojos y no sé ni dónde estoy
Ya no recuerdo nada de lo que hice ayer ni hoy
Solo me duele la cabeza, un putero y apesto a droga
Y en mi cama hay una bitch que tampoco reacciona
Por lo que noto, la fiesta se puso dura
Hay botellas vacías, por donde quiera veo basura
Al parecer me encuentro dentro de un hotel
De la ciudad, ¿comó llegué?
Aún no lo sé, intento recordar
Me acerco a la mesa, veo una pipa de met
Unas rayas pintadas, dos tarjetas pa' moler
Un billete, unos cigarros y una bolsa de mujer
Y una bonga saliéndole humo, sonsacándome
Dije: Unos pipazos pa' ver si me estabilizo
Pa' que no me pegue maleta y no andar temblorino
La pipa ya estaba cargada, tenía un guato
Y mientras más baiseaba caminaba por el cuarto
Viendo los estragos, juntando mis pertenencias
Preguntándome ¿qué hago aquí?, buscando una evidencia
El tiempo más corría y yo seguía fumando
Cuando menos esperé, el frío estaba sudando
Se me nubló la vista y medio tambaleando
Sentí como la pálida me estaba dando
Abrí la llave, mojé mi cara en el baño
Hasta que me sentía bien, así me estuve por un rato
Me levanté frente al espejo y sequé mi cara
Y mi reflejo me dijo: Eres el diablo motherfucker
Ronda por las avenidas
Se mete en ti y te domina
Controla mis emociones
Hoy me hace feliz, mañana me las quita
Es dope, en mí now
Dopamina
Dope, en mí now
Dopamina
Suenan toquidos en mi puerta tan fuertes que me despiertan
Ha de ser algún cabrón malilla que quiere su metaanfeta
O su pastilla mañanera o su mota de cepa
O el cabrón arrendador que con droga pagó la renta
Abro y es el chamaco que puse a vender
Me da la feria que sacó y le entrego 40 de a 100
Y le recuerdo detalladamente qué tiene que hacer
O su familia completa pudiera desaparecer
Las desafano en calor, no se preocupe patrón
Solo deme chance de darme en su casa un jalón
El burro sale sudado, se nota que anda hasta el rabo
Con los ojos bien pelados, todo el hocico trabado y rajado
De que se droga todo el día
No me importa solo quiero la venta de mercancía
Llega un morrillo de barrio, me trajó unos invitados
Son sus amigos de la escuela que recién ha enviciado
¡Pasen!, entre los cuatro juntaron para dos gramos
Y se les nota que ya andan necesitados
Y más la chamaquita, hija de la vecina
Que me dijo que haría lo sea por un gramo de astilla
Okay, saco a los morros y a ella la meto al cuarto
Porquería tras porquería, sacio mis instintos bajos
En esa tele apagada yo llego a ver
El reflejo de mi cara, la misma de Lucifer
Y yo llego a creer
Lo más seguro de todo es que realmente lo pueda ser
Ronda por las avenidas
Se mete en ti y te domina
Controla mis emociones
Hoy me hace feliz, mañana me las quita
Es dope, en mí now
Dopamina
Dope, en mí now
Dopamina
Dope, en mí now
Dopamina
Dope, en mí now
Dopamina
Dopamina
Abro os olhos e não sei nem onde estou
Já não lembro nada do que fiz ontem nem hoje
Só me dói a cabeça, um putero e eu cheiro a droga
E na minha cama tem uma mina que também não reage
Pelo que percebo, a festa ficou pesada
Tem garrafas vazias, por onde quer que eu olhe, vejo lixo
Parece que estou dentro de um hotel
Na cidade, como cheguei?
Ainda não sei, tento lembrar
Me aproximo da mesa, vejo um cachimbo de met
Umas risquinhas desenhadas, dois cartões pra moer
Uma grana, uns cigarros e uma bolsa de mulher
E um bong soltando fumaça, me seduzindo
Falei: Uns tragos pra ver se me estabilizo
Pra não ficar maluco e não andar tremendo
O cachimbo já estava carregado, tinha um guato
E quanto mais eu fumava, andava pelo quarto
Vendo os estragos, juntando minhas coisas
Me perguntando o que faço aqui?, buscando uma evidência
O tempo corria e eu seguia fumando
Quando menos esperei, o frio estava suando
Minha visão ficou turva e meio tonto
Senti como se a branquinha estivesse me pegando
Abri a torneira, molhei meu rosto no banheiro
Até me sentir bem, assim fiquei por um tempo
Levantei na frente do espelho e sequei meu rosto
E meu reflexo me disse: Você é o diabo, filho da puta
Ronda pelas avenidas
Se mete em você e te domina
Controla minhas emoções
Hoje me faz feliz, amanhã me tira tudo
É dope, em mim agora
Dopamina
Dope, em mim agora
Dopamina
Batidas na minha porta tão fortes que me acordam
Deve ser algum cabrão que quer sua metanfetamina
Ou sua pílula matinal ou sua maconha de cepa
Ou o cabrão do proprietário que pagou o aluguel com droga
Abro e é o moleque que coloquei pra vender
Me dá a grana que ele tirou e eu entrego 40 de 100
E lembro detalhadamente o que ele tem que fazer
Ou a família inteira dele pode desaparecer
As desafano no calor, não se preocupe, patrão
Só me dê uma chance de dar um trago na sua casa
O burro sai suado, dá pra ver que tá até o rabo
Com os olhos bem arregalados, toda a boca travada e rasgada
De tanto que se droga o dia todo
Não me importa, só quero a venda da mercadoria
Chega um moleque de bairro, me trouxe uns convidados
São os amigos da escola que ele acabou de viciar
Entrem!, entre os quatro juntaram pra dois gramas
E dá pra ver que já estão precisando
E mais a menininha, filha da vizinha
Que me disse que faria o que fosse por um grama de astilha
Ok, tiro os moleques e a coloco no quarto
Porcaria atrás de porcaria, sacio meus instintos baixos
Naquela TV apagada eu chego a ver
O reflexo do meu rosto, o mesmo de Lúcifer
E eu chego a acreditar
O mais certo de tudo é que realmente posso ser
Ronda pelas avenidas
Se mete em você e te domina
Controla minhas emoções
Hoje me faz feliz, amanhã me tira tudo
É dope, em mim agora
Dopamina
Dope, em mim agora
Dopamina
Dope, em mim agora
Dopamina
Dope, em mim agora
Dopamina