Ficção

Revolução não vem das antenas de TV
Nem FM nem AM nem jornal
Revolução vem da gente
Desligue a antena, sem sintonia

Cidadão, preste atenção!
A televisão já faz parte da família
É o pão nosso de cada dia
A mídia vinculada ao sistema, nosso maior problema
Pare com a TV antes que você se arrependa
Pare e compreenda que a tela não é nobre
Quanto mais a mídia encobre, mais você fica pobre
Então redobre sua atenção no mundo paralelo, erga seu castelo
Vença o duelo e vamos procurar informação por que essa droga tem de monte
Buscar compreensão até secar a fonte
Pois a verdade pode ser a mentira
E a mentira está na mão de quem conspira
Governo conspira, religião conspira
Despertam nossa ira, mas a vida é assim
Se não quer ter um fim, tenha um salário

Não passa de ficção, não passa de ficção
Não passa, não passa, não passa de ficção

Atirador otário, faça seu trabalho e acabe com tudo
Use o 38 e faça uma criança de escudo
Faça hoje, amanhã, quem sabe?
Nessa terra de maldade mais um morto cabe
A elite manipula. Será que você não lê a bula?
Lê o jornal, mas não lê o manual
Tá sendo um gandula, ta sendo um animal doméstico
Anule os comerciais, jamais se acomode
Aumente sua renda, desligue a antena, você também pode
Você também pode, sem medo da morte
Sozinho você descobre que verdades temos muitas pra contar
Meu caminho é de pedra tenho muito que andar
A era é de guerra esse não é o meu lugar
A era é de guerra esse não é nosso lugar

(Pare com a TV antes que você se arrependa)

Não passa de ficção, não passa de ficção
Não passa, não passa, não passa de ficção