Apenas Estranhos

Ela foi e esqueceu-se de voltar
Nem tentou se desculpar
Por todos sonhos e planos deixados de lado
Restando só uma certeza
Que ambos somos culpados
E é difícil de aceitar que depois de tantos anos nos tornamos
Apenas estranhos
Apenas estranhos

Acho que te perdi, tentando me encontrar
Buscando um novo eu, em algum outro lugar
Acho que me enganei
Pensando que você estaria lá, esperando eu me curar
Mas o médico não receitou remédios para o tédio
E o assédio da rotina se tornou um sacrilégio
E o convívio que um dia foi tão íntimo e bonito
Transformou-se num sádico suicídio

Quem não teve nem a simpatia para se despedir
Não merece me ouvir cantando
Bem, essa é a última canção que escrevo pra ti e partir daqui
Quem não teve nem a simpatia para se despedir
Não merece me ouvir cantando
Bem, essa é a última canção que escrevo pra ti e partir daqui
Apenas estranhos
Apenas estranhos

Acho que até fingi, fingi acreditar
Quando disse ser a mim, com quem tu queria estar
Acho que me enganei pensando que as coisas voltariam pro lugar
Mas como sem você pra me ajudar?
Já que o médico não receitou remédios para o incerto
E a cura da euforia antecede o que é perverso
E o convívio que um dia foi tão íntimo e bonito
Transformou-se num sádico suicídio

Quem não teve nem a simpatia para se despedir
Não merece me ouvir cantando
Bem, essa é a última canção que escrevo pra ti e partir daqui
Quem não teve nem a simpatia para se despedir
Não merece me ouvir cantando
Bem, essa é a última canção que escrevo pra ti e partir daqui

Ela foi e esqueceu-se de voltar
Ela foi, nem tentou se desculpar
Ela foi e nem olhou pra trás
Ela foi e não volta nunca mais

Apenas estranhos
Apenas estranhos
Apenas estranhos
Apenas estranhos