Jigoku No Komoriuta
めだまをくりぬいたしたいをかきわけて
medama o kurinuita shitai o kaki-wakete
おどりつづけるつきのないよる
odori-tsuzukeru tsuki no nai yoru
ざくろのようにはりさけた
zakuro no you ni hari-saketa
ひたいのきずぐちからながれでるうみ
hitai no kizuguchi kara nagare-deru umi
あめのなかくさりかけたあなたのむくろがゆれ
ame no naka kusari-kaketa anata no mukuro ga yure
とりたちについばまれやがてしろいほねになる
tori-tachi ni tsuibamare yagate shiroi hone ni naru
じごくのこもりうた
jigoku no komoriuta
くちびるをこじあけてやけたいしをいれ
kuchibiru o koji-akete yaketa ishi o ire
だだれたないぞうにけむりがあがる
tadareta naizou ni kemuri ga agaru
てあしをきりおとしかわをはがされて
te-ashi o kiri-otoshi kawa o hagasarete
にえたつかまのなかほうりこまれても
nietatsu kama no naka houri-komarete mo
あいのきずなはわすれない ひとのみちそれたこい
ai no kizuna wa wasurenai hito no michi soreta koi
ふたりのくびにくくりつけたあのよでむすぶあかいなわ
futari no kubi ni kukuri-tsuketa ano yo de musubu akai nawa
じごくのこもりうた
jigoku no komoriuta
Canção de Ninar do Inferno
olhos fechados, o corpo dividido
continuo dançando na noite sem lua
como uma romã, espinhos afiados
o mar escorre da ferida na testa
no meio da chuva, seu corpo balança preso
as aves se reúnem, logo se tornam ossos brancos
canção de ninar do inferno
lábios entreabertos, colocando pedras quentes
na minha mente embaçada, a fumaça sobe
cortando as mãos e os pés, arrastado pelo rio
mesmo se jogado na fornalha
não esquecerei o laço do amor, o caminho dos humanos, um amor torto
aquela corda vermelha que amarramos em nossos pescoços, unindo este mundo
canção de ninar do inferno