Déixame

Non ves o meu baleiro nestes ollos derrotados?
Non ves o sufrimento cando xa non podo máis?
Primeiro flaxelades ao meu pobo inocente
Logo martirizades e vos vexo desfrutar

Déixame vivir: atrévete
Déixame morrer: xa non podo máis
Mírame co meu corpo destrozado
Espido e humillado e odio ter que chorar

A nosa semente sairá desta impotencia fatal
Será caldo que criará odio que virá
Os meus ósos limparanse baixo o sol e o vento do sur
Que algún día viron nacer a min e a meus irmáns
Tento despegar meus beizos desta fría lousa gris
Alzo a vista para saber quen me fai perder
O peor da vós é o que me fai sufrir
mentiras, manipulación, non vos podo crer

Manchas de sangue marcan o camiño
Que me agarda neste antro do que non sairei
Doado é sentirse deus por un instante
contra un corpo de mans atado que xa nin quere berrar

Déixame

Deixa-me

Não vês o meu vazio nos olhos derrotados?
Você não vê o sofrimento quando já não posso mais?
Primeiro flagelo para o meu povo inocente
Depois martirizades e eu vejo desfrutar

Deixa-me viver: Atreve-te
Deixa-me morrer: já não posso mais
Mírame com o meu corpo destroçado
Nu e humilhado e odeio ter que chorar

A nossa semente será desta impotência fatal
Será caldo que irá criar ódio que vem
Meus ossos limpos sob o sol eo vento do sul
O que um dia viu nascer a mim ea meus irmãos
Tento descolar meus lábios desta fria ardósia cinza
Alzo a vista para ver quem me faz perder
O pior de vocês é o que me faz sofrer
mentiras, manipulação, não posso acreditar

Manchas de sangue marcam o caminho
O que me aguarda no antro do que não sairei
É fácil sentir-se Deus por um momento
contra um corpo de mãos atadas que não quer gritar

Deixa-me

Composição: