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Cantando e Dançando no Vale da Angústia

Irônika

Letra

    Quero uma vaga no serviço militar pra concorrer com a vida sem perspectiva
    o diabo tem tido trabalho pra acabar com essa juventude sem saída
    Pânico e sangue em uma briga de gangues, garotos se matam numa briga de bar,
    poderia ter sido comigo mas enquanto não chega a minha vez de rodar
    vou me sedando deste mundo doente,
    sapateando na lama com um vinho barato e quente
    Andando nessas ruas escuras e cantando e dançando no vale da angústia

    Simples garoto suburbano sem emprego, olhar distante, gripado e sem dinheiro
    que cresceu ouvindo tiros nestes guetos e ruas
    short emendado e chinelo de dedo,
    pouco à esperar dessa vida além de trêtas, execuções e chacinas
    ainda assim você espera um momento para se libertar

    Não se deixe abater - tente não ser mais uma mancha de sangue nas ruas
    Olhos abertos - não faça parte dessa guerra suja

    Nossos irmãos como eu e você também sonharam com melhores dias
    alguns estão no cemitério municipal outros caíram na mão da polícia,
    não aguentaram o desespero da rejeição e a falta de oportunidade
    e tropeçaram no caminho instável da criminalidade

    Acredite em você - não alimente as estatísticas
    Futuro negado! A juventude é um genocídio
    mas nos resta uma gota de vida

    No vale da angústia, do jovem da morte prematura,
    onde espero a minha vez cantando e dançando,
    Cantando e dançando no vale da angústia
    Onde a tristeza e a discórdia ecoam em nossos dias
    a juventude está em genocídio
    E estou cantando e dançando no vale da angústia

    Escute os gritos que cortam o silêncio, repare os tiros disparados agora,
    o diabo aqui dobrou a esquina e lá se foi mais uma alma sebosa
    de geração em geração a mesma história novamente é contada,
    eu não tenho grandes sonhos porque ninguém vale nada

    Sobreviver - e o que fazer numa cidade fantasma?
    Pois essa é nossa guerra civil e vai ser sempre essa desgraça

    E quando a noite nasce e a solidão se refaz,
    estou descendo em luto as ruas do vale
    com frio, sem medo e com a força da idade


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