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Saltos de Vento

Isabel Aaiún

Tacones de Viento

Que nadie sepa que miento
Cuando les digo que he sido
Fui la princesa de un cuento
Desde que te he conocido

Que nadie sepa que dentro
Que nadie sepa que arde
Que arde por dentro el recuerdo
De ver tu cuerpo alejarse

Como dos desconocidos
Te he visto anoche en el baile
Todas estaban contigo
Y yo no estaba con nadie, pero hoy

Voy a ponerme una falda muy corta
Camisa blanca, tacones de viento
Y mi careta de nada me importa
Que todos sepan que muerdo (¡bacalao!)

Voy a ponerme una falda muy corta
Camisa blanca, tacones de viento
Y mi careta de nada me importa
Que nadie sepa que miento

Que nadie sepa que miento
Que ya no mando en mi hambre
Que se ha detenido el tiempo
Que a veces me falta el aire

Como dos desconocidos
Te he visto anoche en el baile
Todas estaban contigo
Y yo no estaba con nadie, pero hoy

Voy a ponerme una falda muy corta
Camisa blanca, tacones de viento
Y mi careta de nada me importa
Que todos sepan que muerdo (¡bacalao!)

Voy a ponerme una falda muy corta
Camisa blanca, tacones de viento
Y mi careta de nada me importa
Que nadie sepa que miento

Que nadie sepa que miento
Que a veces me falta el aire
Recuperar el aliento
Borrar tu recuerdo y que vuelva mi arte

Que a veces me lleva el viento
Que yo ya no soy de nadie
Todas las noches intento
Que en algún momento no hierva mi sangre, pero hoy

Voy a ponerme una falda muy corta
Camisa blanca, tacones de viento
Y mi careta de nada me importa
Que todos sepan que muerdo (¡bacalao!)

Voy a ponerme una falda muy corta
Camisa blanca, tacones de viento
Y mi careta de nada me importa
Que nadie sepa que miento

Que todo me queda grande
Que cuando miro pa' dentro
Me busco y no encuentro la vida de antes

Si un día voy al infierno
Que es donde espero encontrarte
Acallaré mi lamento
Al saber que lo nuestro fue punto y aparte (se acabó)

Saltos de Vento

Que ninguém saiba que eu minto
Quando digo que fui
Fui a princesa de um conto
Desde que te conheci

Que ninguém saiba o que há por dentro
Que ninguém saiba que queima
Que queima por dentro a lembrança
De ver seu corpo se afastar

Como dois desconhecidos
Te vi ontem à noite na dança
Todas estavam com você
E eu não estava com ninguém, mas hoje

Vou colocar uma saia bem curta
Camisa branca, saltos de vento
E minha máscara de nada me importa
Que todos saibam que eu mordo (bacalhau!)

Vou colocar uma saia bem curta
Camisa branca, saltos de vento
E minha máscara de nada me importa
Que ninguém saiba que eu minto

Que ninguém saiba que eu minto
Que não controlo minha fome
Que o tempo parou
Que às vezes me falta o ar

Como dois desconhecidos
Te vi ontem à noite na dança
Todas estavam com você
E eu não estava com ninguém, mas hoje

Vou colocar uma saia bem curta
Camisa branca, saltos de vento
E minha máscara de nada me importa
Que todos saibam que eu mordo (bacalhau!)

Vou colocar uma saia bem curta
Camisa branca, saltos de vento
E minha máscara de nada me importa
Que ninguém saiba que eu minto

Que ninguém saiba que eu minto
Que às vezes me falta o ar
Recuperar o fôlego
Apagar sua lembrança e que volte minha arte

Que às vezes o vento me leva
Que eu não pertenço a ninguém
Todas as noites tento
Que em algum momento meu sangue não ferva, mas hoje

Vou colocar uma saia bem curta
Camisa branca, saltos de vento
E minha máscara de nada me importa
Que todos saibam que eu mordo (bacalhau!)

Vou colocar uma saia bem curta
Camisa branca, saltos de vento
E minha máscara de nada me importa
Que ninguém saiba que eu minto

Que tudo me fica grande
Que quando olho para dentro
Me procuro e não encontro a vida de antes

Se um dia eu for para o inferno
Que é onde espero te encontrar
Calmarei meu lamento
Ao saber que o nosso foi ponto final (acabou)

Composição: Isabel Aaiún / Pablo Mora