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Letra

    Foi quando eu era moço que comprei uma terrinha
    Enfrentei o mato alto, capinei erva daninha
    Fiz de um jeito caprichado, o projeto que eu tinha
    Com mourões de aroeira, cerquei ela inteirinha.
    Pus na frente, na porteira, um costume que havia
    Uma caveira de touro, pra espantar o mau agouro
    Olho gordo e bruxaria

    Só depois de muito esforço minha casinha eu erguia
    E tijolo por tijolo, fiz assim como eu queria
    No quintal deixei espaço onde a minha Maria
    Tinha um jardim bem cuidado pra nos trazer alegria
    Da primeira primavera eu lembro ainda todo dia
    A casinha entre cores, misturando com as flores
    O perfume da harmonia

    Um chiqueiro com lameiro, um poleiro pras galinhas
    E num pasto bem pequeno, um gadinho eu mantinha
    Um pomar bem variado onde a fartura existia
    No doce de cada fruta meu prazer se refazia
    Um cachorro, sempre amigo, que os meus passos seguia
    Um cavalo de carroça era a condução na roça
    Que de melhor me servia

    O tempo passou depressa, feito uma ventania
    Foi chegando a velhice e a juventude partia
    No cavalo do destino a rédea não é mais minha
    E no eito da lembrança vejo a roça tão vazia
    Depois longe, na cidade uma coisa eu descobria
    Que além de ser ingrata, a saudade também mata
    Ah... isso eu não sabia.


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