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Letra

    E foi neste vai e vem da vida, vim parar aqui um dia
    Foi por falta de outra saída, não era o que eu queria
    Vou no abraço deste tempo lento relembrando com quem gosta
    Minha prosa de caboclo, tenta sufocar um pouco esta saudade da roça

    Bater feijão no cambão irmão, você já ouviu dizer?
    E bater arroz na banca então, já contaram pra você?
    Colheita do amendoim assim, do jeito que vou contar
    Depois de arrancado e seco, era batido no cepo amarrado no jacá

    Preparar o cafezal, seu moço, para o tempo da derriça
    Arruação na enxada um osso, não podia ter preguiça
    A enxada do peão no chão em volta de cada pé
    Preparava assim o solo, como se fosse um colo pra deitar grãos café

    A lavoura de algodão na roça dava gosto a gente olhar
    Da janela da nossa palhoça a branquidão se espalhar
    Pra colher do nosso jeito o eito era assim que se fazia
    Na cintura, amarrado o peão levava um fardo e guardava o que colhia

    Obrigado amigo por ouvir, um pouco de minha história
    É um livro que não escrevi, eu só guardei na memória
    Ferramentas que usei, guardei na minha imaginação
    Vivo assim plantando prosa, pra manter sempre viçosa a essência do sertão


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