A Saudade É Posteira

A Saudade É Posteira

A Saudade É Posteira

A saudade é porteiraA saudade é posteira
E inverna meu silêncioE inverna meu silêncio
Aquerenciando o que pensoAquerênciando o que penso
As sombras da solidãoAs sombras da solidão

Se as coisas do coraçãoSe as coisas do coração
No fundo profundo de mimNo campo fundo de mim
São em sonhos porque assimSão em sonhos porque assim
A saudade é porteiraA saudade é posteira

A saudade é porteiraA saudade é posteira
Percorrendo campos vaziosRecorrendo campos vagos
Rondando ânsias que tragoRondândo ânsias que trago
Em vigílias de madrugadaEm vigílias madrugueiras

Nas toadas de guitarraNas toadas guitarreiras
Pampeano destino ausentePampeano destino ausente
Que pega o matear silenteQue pega o matear silente
Quando a saudade é porteiraQuando a saudade é posteira

Não vou me apegar à tristezaNão vou me apegar a tristeza
Dos meus olhos de cacimbaDos meus olhos de cacimba
Nem vou curar as feridasNem vou curar as feridas
Nessas cismas inverneirasNestas cismas inverneiras

Contrapondo a chaleiraContraponteando a chaleira
Que canta ao calor das brasasQue canta ao calor das brasas
No posto longe das casasNo posto longe das casas
A saudade é companheiraA saudade é companheira

A saudade é porteiraA saudade é posteira
Recriando esses momentosRecriando estes momentos
Apartando os sofrimentosApartando os sofrimentos
De outras tantas emoçõesDe outras tantas emoções

Me atenha às divagaçõesMe atenha as divagações
Alheio ao mundo realAlheio ao mundo real
São meus olhos de água e salSão meus olhos de água e sal
Que adoçam meu coraçãoQue doce meu coração

A saudade é porteiraA saudade é posteira
Encerrando sentimentosEncerrando sentimentos
Encilhando cá por dentroEncilhando cá por dentro
Pra sangrar velhas barreirasPra sangrar velhas basteiras

Esbarrando na porteiraEsbarrando na porteira
Pra não cabrestear na estradaPra não cabrestear na estrada
Quando chega a madrugadaQuando chega a madrugada
A saudade é porteiraA saudade é posteira