exibições de letras 1.390

Pajada À Mulher

Jadir Oliveira

Letra

    Abro minh'alma cativa
    Que amanheceu orvalhada
    Querendo ser libertada
    Por esta musa nativa
    Deusa guardiã primitiva
    Do segredo mais fecundo
    Com sentimento profundo
    Conforme o tema requer
    Vamos pajar à mulher
    Progenitora do mundo

    Este princípio que fitas
    Num horizonte de sonho
    A ele eu me proponho
    Pois há rimas infinitas
    Com atitudes bonitas
    Tem a mulher, com certeza,
    Meiguice, amor, firmeza
    E um dom de protetora
    Seja santa ou pecadora
    Transcende a própria beleza

    Antes mesmo de ser gente
    Somos dependentes dela
    E quando abrimos a goela
    Para este mundo vivente
    É ela quem faz a frente
    Para apontar o caminho
    É tão grande o seu carinho
    Seu seio, tão importante,
    Como quem diz "segue adiante
    Que eu não te deixo sozinho"

    Desde a mãe, primeiro amor,
    A mulher está presente
    No coração inocente
    Que desabrocha qual flor
    Depois quando sonhador
    A professora primeira,
    A namorada trigueira
    Que pra vida dá sentido
    E quando amadurecido,
    Os braços da companheira

    Quantos poetas e cantores
    Descreveram sua beleza
    Por verem nela a leveza
    Das asas dos beija-flores
    Trazendo coplas de amores
    Entre sorrisos e prantos
    Desde o paraiso, quantos
    De seu ventre já nasceram
    E quantos por ela morreram
    Perdidos por seus encantos?

    Ela conhece os segredos
    Que carregamos na alma
    Sabe desvendar com calma
    Todos os nossos enredos
    Sabe acalentar os medos
    A sua alma é tão pura
    Com sua mão nos segura
    A cada dia que nasce
    Na expressão de sua face
    Amor, carinho e ternura

    Por ser um simples mortal
    Não consigo descrevê-la
    Pois compará-la a uma estrela
    Não seria original
    Seu brilho não tem igual
    Resplandece eternamente
    Compará-la a uma vertente
    Ou ao diamante mais raro
    É pouco, não a comparo
    Ela é mulher simplesmente

    Merece o nosso respeito
    E um pedido de perdão
    Por crimes da inquisição
    O mais brutal preconceito
    Ao negarem seu direito
    Desde lá, à atualidade
    Estão negando a igualdade
    De uma forma desmedida
    À geradora da vida
    De toda a humanidade

    No xucro céu dos cantores
    É uma Deusa iluminada
    Que santifica a pajada
    Na alma dos pajadores
    Traz o perfume das flores
    Colhidas no paraíso
    No lume do seu sorriso
    Arco íris de magia
    Que vem bebendo poesia
    Na cacimba do improviso

    Composição: Jadir Oliveira / Paulo de Freitas Mendonça. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Jadir Oliveira e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção