I Don’t Think I’m Okay

Vulnerabilidade e saúde mental em "I Don’t Think I’m Okay"

Em "I Don’t Think I’m Okay", Jake (ENHYPEN) aborda de forma direta a saúde mental, tema que ele mesmo destacou como central para a música em entrevistas. O verso “I ain't seen my mama in a little bit over a year / And even when I see her, I know she knows that it isn't me here” (Não vejo minha mãe há pouco mais de um ano / E mesmo quando a vejo, sei que ela sabe que não sou eu aqui) revela um distanciamento tanto físico quanto emocional. Jake mostra como é possível sentir-se desconectado de si mesmo e das pessoas próximas, mesmo estando junto delas. A sensação de alienação é reforçada pela imagem de estar “sempre nas nuvens, em algum lugar no espaço”, indicando uma mente dispersa e sobrecarregada.

A letra também fala sobre o peso das expectativas e a dificuldade de manter a própria identidade diante das pressões externas. Isso fica claro em “maybe it's my dream that killed my self-esteem / Got so good at being someone else / Maybe I lost myself in the search of your acceptance” (talvez seja meu sonho que destruiu minha autoestima / Fiquei tão bom em ser outra pessoa / Talvez eu tenha me perdido tentando conquistar sua aceitação). Jake se conecta com a experiência de muitos jovens artistas do K-pop, que frequentemente abrem mão de aspectos pessoais para agradar aos outros. Ao repetir “I don't think I'm okay / And that's okay” (Acho que não estou bem / E tudo bem), a música normaliza a vulnerabilidade e incentiva a honestidade emocional, reforçando a importância de reconhecer e aceitar os próprios sentimentos como parte do autocuidado.