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Assombração

Jari Terres

Letra

    No campo da frente das casas da estância
    Gritou o quero-quero, anunciando a chegada
    O perro criollo alardeou na distância
    Ninguém entendeu aquilo por nada

    O ermo do campo estendia-se em léguas
    Nenhum andarilho se via chegando
    Somente as tambeiras, potrilhos e éguas
    E o pasto nativo seguia brotando

    (São tantas as vezes que isso acontece
    Os bichos pressentem que alguém vai chegar
    E a gente que pensa, às vezes esquece
    Que há coisas que os olhos não podem olhar

    Barulhos de cascos chegando nas casas
    E vozes que chamam por entre arvoredos
    Imaginação que por vez cria asas
    Ou velhos fantasmas na sombra do medo)

    A voz das taperas chorando pedaços
    De um tempo remoto, em que o pago era moço
    Histórias do velho enforcado no laço,
    Da moça encontrada no fundo do poço

    Taperas, restingas, grotões, cemitérios
    Herança de um tempo de adaga e garrucha
    Projeta incertezas, crendices, mistérios
    No imaginário da gente gaúcha

    (São tantas as vezes que isso acontece
    Os bichos pressentem que alguém vai chegar
    E a gente que pensa, às vezes esquece
    Que há coisas que os olhos não podem olhar

    Barulhos de cascos chegando nas casas
    E vozes que chamam por entre arvoredos
    Imaginação que por vez cria asas
    Ou velhos fantasmas na sombra do medo)


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