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No Compasso do Meu Mundo

Jari Terres

Letra

    O dia já madrugava pra moldar bastos nos lombos
    Num vento brandindo o pala bem desabado nos ombros
    Por que este ano o inverno se acomodou por aqui
    Mas não pega assim no más quem traz Rio Grande em si


    Uma baia gaviona refugou bem na porteira
    Mas meu gateado bragado pede o freio na mangueira
    E o sol espia a campanha botando um gosto no mate
    E vai quarteando a peonada pra mais um dia de embate


    As esporas se despedem e se apartam pra cada lado
    Aquerenciadas ao garrão das botas cano virado
    Pois guardam pelas rosetas alguma balda de potra
    Pra contarem no silêncio do galpão uma pra outra

    (Intro)
    Meu gateado pelo grosso mordendo o jogo do freio
    Vai rangindo os "paysandú" que só descansa se me apeio
    Trazendo pras campereadas algum verso mais sonoro
    Arrinconando os estribos aos braços fortes dos lóros


    Do vento sopra uma copla que do mato pede abrigo
    Parece até que se perde repontando um sonho antigo
    E o que vejo me basta pra esta vida de rural
    Um quero-quero cantando e o gado lambendo sal


    As armadas retovam tentos onde figuram rodilhas
    E uma pampa vai na volta sustentada na presilha
    Pois a lida assim tranqueia campereando a várzea do fundo

    E o dia segue a passo no compasso do meu mundo

    Composição: Gujo Teixeira / Jari Terres. Essa informação está errada? Nos avise.

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