395px

Dos Cigarros

Javiera Barría

Dos Cigarrillos

El fuego que existía entre nosotros dos
Éramos máquinas de tirar, dos cigarrillos
Las calles se abrían al vernos pasar
Perfecta sincronía, un buen presentimiento

Tenerte a mi lado y ver amanecer
Siempre quería más contigo
Recuerdo tus latidos, si no fue ayer
Quién me dice cuando ha sido

Recuerdo los primeros polvos como ayer
Las tardes que nunca terminan, que derroche de pereza
Tu piel como mi casa, como mi refugio
Éramos máquinas de sentir, dos cigarrillos

Pasó, el veneno nos descubrió
Pasó, las cenizas no saben bien

Pasó, nos cansamos de pertenecer
Pasó, las cenizas no saben bien

El fuego que salía de nosotros dos
Éramos máquinas de tirar, dos cigarrillos
Las calles se incendiaban cuando caminábamos
Tu paso destruía, mi mano en tu cintura

Y en los subterráneos de mi corazón
Algo se clausuró al perdernos
No dejo que ninguna vaya mas allá
Yo te construyo un monumento.

Dos Cigarros

O fogo que existia entre nós dois
Éramos máquinas de fumar, dois cigarros
As ruas se abriam ao nos ver passar
Perfeita sincronia, uma boa sensação

Te ter ao meu lado e ver o amanhecer
Sempre queria mais com você
Lembro dos seus batimentos, se não foi ontem
Quem me diz quando foi

Lembro dos primeiros amassos como se fosse ontem
As tardes que nunca acabam, que desperdício de preguiça
Sua pele como minha casa, como meu refúgio
Éramos máquinas de sentir, dois cigarros

Passou, o veneno nos revelou
Passou, as cinzas não têm gosto bom

Passou, nos cansamos de pertencer
Passou, as cinzas não têm gosto bom

O fogo que saía de nós dois
Éramos máquinas de fumar, dois cigarros
As ruas pegavam fogo quando caminhávamos
Seu passo destruía, minha mão na sua cintura

E nos subterrâneos do meu coração
Algo se fechou ao nos perdermos
Não deixo que nenhuma vá além
Eu te construo um monumento.

Composição: