Rouge
Rouge
Ils me font rire avec leur croyance
Ils me font rire avec leurs drapeaux
Leur chemise prête à montrer leur peau
Et leurs cris réunis sous un ciel de faïence
Moi aussi J'ai marché sur la terre
Moi aussi J'ai été du troupeau
Le coeur grand et la rose au chapeau
Moi aussi J'ai chanté c'est la faute à Voltaire
Et puis un jour le désir s'incarne
Le jour vient où l'Histoire enfin ploie
Le jour où l'humilié fait la loi
Montant la liberté comme on monte une carne
Alors vois les damnés de la fange
Changer tout et changer de chanson
Leur ère nouvelle c'est l'ère du soupçon
En procureurs féroces se changent les archanges
Ecoute donc la voix des peuples qui grondent
Regarde ces feux qu'il nous faut attiser
Vois tout autour du monde
Aux poings martyrisés
Ces chaînes qui nous restent à briser
Elle me fait ricaner leur justice
Leur volonté de changer de Jeu
Leur absurde chimère de partageux
Et leur poitrine offerte à tous les sacrifices
Viens avec nous tu n'es pas seul camarade
Viens avec nous pour changer demain
Rejoins le bon côté de la barricade
Oublie ton angoisse et donne-nous la main
Ecoute donc la voix des peuples qui grondent
Regarde ces feux qu'il nous faut attiser
Vois tout autour du monde
Aux poings martyrisés
Ces chaînes qui nous restent à briser
Oui Il y a tant de combats au monde
Que personne n'a encore engagée
Tant de pain qui reste à partager
Tant d'appels attendant qu'enfin on leur réponde
Qu'à la fin on a quelque scrupule
A réduire tant d'espoir assemblé
A ne voir que chiendent dans le blé
Et dans tant de héros compter tant de crapules
Vous marchez en soufflant dans vos cuivres
Ignorant les justes qu'on abat
Vous allez à de nouveaux combats
J'aimerais vous croire encore et je voudrais vous suivre
Ausculter le vieux monde et le sentir qui bouge
Retrouver qui je fus autrefois
Cet enfant plein d'amour et de foi
Retrouver avec vous le bonheur d'être rouge
Seul parmi vous acceptez-moi camarades
Je voudrais tant que change demain
Je choisis ce côté de la barricade
J'oublie mon angoisse et vous donne la main
Ecoute donc la voix des peuples qui grondent
Regarde ces feux qu'il nous faut attiser
Et tout autour du monde
Aux poings martyrisée
Ces chaînes qui nous restent à briser
Vermelho
Vermelho
Eles me fazem rir com suas crenças
Eles me fazem rir com suas bandeiras
A camisa pronta pra mostrar a pele
E seus gritos reunidos sob um céu de cerâmica
Eu também andei sobre a terra
Eu também fiz parte do rebanho
Coração grande e a rosa no chapéu
Eu também cantei, a culpa é do Voltaire
E então um dia o desejo se materializa
O dia chega em que a História finalmente se curva
O dia em que o humilhado faz a lei
Levantando a liberdade como se ergue uma carne
Então veja os condenados da lama
Mudando tudo e mudando de canção
Sua nova era é a era da desconfiança
Em ferozes promotores se transformam os arcanjos
Escute então a voz dos povos que rugem
Olhe para esses fogos que precisamos atiçar
Veja ao redor do mundo
Com os punhos martirizados
Essas correntes que ainda temos que quebrar
Ela me faz rir a justiça deles
A vontade deles de mudar de jogo
A absurda quimera de partilhar
E seu peito oferecido a todos os sacrifícios
Venha conosco, você não está sozinho, camarada
Venha conosco para mudar o amanhã
Junte-se ao lado certo da barricada
Esqueça sua angústia e nos dê a mão
Escute então a voz dos povos que rugem
Olhe para esses fogos que precisamos atiçar
Veja ao redor do mundo
Com os punhos martirizados
Essas correntes que ainda temos que quebrar
Sim, há tantas lutas no mundo
Que ninguém ainda começou
Tanto pão que ainda resta para compartilhar
Tantos chamados esperando que finalmente respondamos
Que no final temos algum escrúpulo
Em reduzir tanta esperança reunida
A não ver mais do que erva daninha no trigo
E em tantos heróis contar tantas canalhas
Vocês marcham soprando em seus metais
Ignorando os justos que estão sendo abatidos
Vocês vão para novas batalhas
Eu gostaria de ainda acreditar em vocês e eu gostaria de segui-los
Auscultar o velho mundo e sentir que ele se move
Redescobrir quem eu fui outrora
Essa criança cheia de amor e fé
Redescobrir com vocês a felicidade de ser vermelho
Sozinho entre vocês, aceitem-me, camaradas
Eu gostaria tanto que mudasse amanhã
Eu escolho este lado da barricada
Esqueço minha angústia e dou a mão a vocês
Escute então a voz dos povos que rugem
Olhe para esses fogos que precisamos atiçar
E ao redor do mundo
Com os punhos martirizados
Essas correntes que ainda temos que quebrar