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Baldas de Potro Cuiudo

Joca Martins

Letra

    O bagual mouro resolveu me "exprimenta"
    Em seguida de montar quando campeava um estribo
    Mas que eu me lembre o homem comanda o cavalo
    E o resto é pura bobagem criada pra ver de livro

    Bagual tranqüilo nunca tinha corcoveado
    De rédea andava costeado já no ponto de enfrenar
    Deve ter sido por causa do vento norte
    Se arrastou batendo forte com ganas de me sacar

    E as nazarenas que eu não carrego de enfeite
    Resolveram provar os dentes tenteando a força na perna
    O que se passa na cabeça de um matungo
    Que agarra nojo do mundo e do tento que lhe governa

    Pegou na volta com cacoetes de aporreado
    Já que me encontro estrivado e ainda por cima de lua
    Me fui na boca caiu sentado na cola
    Já que freqüenta minha escola da velha doma charrua

    Levei os ferro e lhe enredei num quero-quero
    Cavalo que eu considero respeita o índio campeiro
    Deu mais uns talhos e viu que se topou mal
    Seguiu mascando o bocal num trote bueno e ordeiro

    Fiquei pensando co´as rédeas por entre os dedos
    Nos mistérios e segredos deste ofício macanudo
    Se um flete manso "devalde" "se queda" brabo
    Deve ser obra do diabo ou baldas de potro cuiudo


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