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Tropilheiro

Joca Martins

Letra

    Foi depois do golpe seco da aporreada rabicana
    Que sem clarim de campana se findou a montaria,
    Mescla de bufo e de poeira contra o chapéu planchado
    E um ginete descontado até o fim de seus dias.

    Mas ginete e aporreado são igual loro e estrivo
    São vivos num corcoveio, dependendo um do outro
    E agora este sulino que surrou tanto matreiro
    Faz vida de tropilheiro pelos refugos de potros.

    Vive campeando malos, que buenos serão em pista
    Na lista dos afamados, velhacos e sentadores,
    Na ciência de quem conhece, no tino de homem campeiro,
    Que a sorte de um tropilheiro é o culo dos domadores.

    Sobram as baldas dos livres nos tauras desta tropilha,
    Que são quase uma família, cada qual com seu defeito
    Na gurupa ou puro pelo tapeando o próprio ideal,
    Basto aberto ou oriental de espora no osso do peito.

    Por terem alma de gato enxergam mesmo vendados
    Já sabendo dos mandados depois que o rebenque pega,
    Alegrando um ginetaço num corcóveo caborteiro
    E tal qual um tropilheiro, são o avesso da regra.

    Composição: Helvio Casalinho / Marcio Nunes Correa. Essa informação está errada? Nos avise.

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