Tornado (part. Peterete Violeiro)

Eu sempre fui cavaleiro, mas nunca tive dinheiro
E eu repito eu sou pobre minha paixão e os cobre
Um dia um fazendeiro, para um negócio me chamou
E disse: Eu tenho um cavalo, que é de boa procedência
Mas está bem judiado e precisa de um trato
Eu comprei o animal, e paguei muito barato

Dei um banho com remédio pra matar os carrapatos
Dei uma boa ração, e soltei ele no pasto
Quando tempo foi passando, ele foi ficando forte
O cavalo era preto, da cabeça até os pés
Tinha uma crina cumprida, e o pêlo bem brilhoso
Por ser muito estiloso, e muito aparentado, dei o nome de tornado

Resolvi dar uma volta com o cavalo na avenida
O tornado foi marchando, numa tuada bonita
Percebi uma caminhonete, do meu lado aproximando
Comigo foi pareando, deu sinal para eu parar
Quando eu olhei pelo vidro, era uma moça tão linda
Me mostrou um belo sorriso, e um olhar que fascina

Eu parei o meu cavalo, do meu lado ela encostou
Quando ela desceu do carro, meu coração balançou
Foi paixão na mesma hora, então ela me falou: Sou nova na região
Sou rica e fazendeira, eu gostei do seu cavalo, por qualquer preço eu te compro
O cavalo não tem preço, nunca pensei em vender, nas eu te dou de presente
Se você me prometer, me levar junto com ele, e seu amor eu receber