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Acredite Se Quiser

Jorge Dos Santos

Letra

    Eu nasci em Caratinga, fui criado na Poaia
    Meus amigos me chamavam para eu ir no Sapucaia
    Mas eu não gostava de farra, eu não gostava de gandaia
    Eu preferia ficar com minha mãe, grudado na barra da saia
    Mas um dia o destino me mostrou que eu tinha uma história

    Eu juntei o pouco que eu tinha coube dentro de uma sacola
    Entrei no ônibus em Caratinga e se não me falha a memória
    Eu acordei emcima da segunda ponte na cidade de vitória
    Fui morar num bairro simples que fica ali perto da glória

    E foi ali que eu percebi que homem barbudo também chora
    Aprendi tocar violão, aprendi tocar viola
    Hoje eu canto pra vocês e a melodia me consola
    Hoje eu sou um viajante sou músico aventureiro

    Lá no bairro onde eu moro me chama de violeiro
    Mas na verdade eu prefiro ser chamado de mineiro
    Porque o povo de minas é um povo muito guerreiro
    E agora com essas palavras eu encerro essa história

    Agradeço a Jesus Cristo, agradeço a Nossa Senhora
    E vou fazer um pontilhado no braço dessa viola

    Eu nasci lá nas Minas Gerais, fui criado no meio do mato
    Comia carne de onça e bebia sangue de gato
    Cavalgava no meio da noite, madrugava no meio do orvalho
    Arrancava cerca no peito eu cortava todos os atalhos

    Essa história eu trouxe lá da roça, acredite se quiser
    Já vi peixe morrendo afogado, já vi cobra andando de pé
    Lá na roça eu tinha uma vaca que dava leite com café
    Sou caipira detesto mentira, sou fiel à minha mulher!

    Eu era um caboclo matuto, mordia na ponta da faca
    Chutava casco de burro, quebrava os chifres da vaca
    Eu não tinha medo de porteira, não sabia escrever de caneta
    Já briguei com assombração e troquei tiros com o capeta

    Essa história eu trouxe lá da roça, acredite se quiser
    Já vi peixe morrendo afogado, já vi cobra andando de pé
    Lá na roça eu comia churrasco temperado com pó de café
    Sou caipira detesto mentira, sou fiel à minha mulher

    Eu cortava o fumo com a unha, mordia o cigarro de palha
    Aparava os cabelos com fogo e pisava em cima da brasa
    Eu bebia pinga com limão, tirava o gosto na pimenta
    Mordia no copo de vidro e soltava fogo nas ventas

    Essa história eu trouxe lá da roça, acredite se quiser
    Já vi peixe morrendo afogado, já vi cobra andando de pé
    Lá na roça eu tinha uma vaca que dava leite com café
    Sou caipira detesto mentira, sou fiel à minha mulher

    Mas a vida me fez perceber que eu tinha que vir pra cidade
    Conheci muita gente festeiras e aprendi o que era vaidade
    Hoje eu vivo tocando em botecos, sou um contador de histórias
    Passo noites e noites cantando, e tocando a minha viola

    Essa história eu trouxe lá da roça, acredite se quiser
    Já vi peixe morrendo afogado, já vi cobra andando de pé
    Lá na roça eu comia churrasco temperado com pó de café
    Sou caipira detesto mentira, sou fiel à minha mulher


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