Pagando o Que É Meu
Jorge Ireno Reis
Sou bagual e sou campeiro
Não me dobro pra serviço
Modesto peão de estância
Conveniente ao castiço
Um dia a mãe da piazada
Resolveu me abandonar
Se dizendo estressada
Na cidade foi morar
E quando eu ligo pra ela
amorzinho eu tô chegando
Me diz: tu já sabe bem!
agora é só pagando
O que é meu, ela já deu
Pagar, onde já se viu?
O que é meu, ela não deu
Na verdade distribuiu
Vamos pagar então xíruzada
Dizem que é melhor dividir o filé do que roer o osso sozinho
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