A Mão do Tempo (part. Jads e Jadson)

A saudade e o tempo em “A Mão do Tempo (part. Jads e Jadson)”

A música “A Mão do Tempo (part. Jads e Jadson)”, regravada por Jorge & Mateus em parceria com Jads & Jadson, aborda de forma direta o conflito entre a saudade e a necessidade de seguir em frente após um amor impossível. A metáfora da “mão do tempo” aparece como um elemento central, representando o tempo como único capaz de apagar rastros e memórias dolorosas. Isso fica claro no trecho: “Apague, com a mão do tempo, os nossos rastros deixados / Como flores que secaram no chão do nosso passado”, que sugere que, mesmo com o passar dos anos, algumas marcas permanecem, ainda que suavizadas.

A letra também destaca a sensação de viver preso entre o passado e o presente, como em “Por amar quem está distante / E viver com quem não ama”. Essa dualidade mostra a dificuldade de esquecer um amor não correspondido enquanto se enfrenta a falta de afeto no dia a dia. A saudade é descrita como uma presença constante: “Mas a sombra da lembrança é igual a sombra da gente / Pelos caminhos da vida / Ela está sempre presente”. O desejo de esquecer, expresso em “Se o lembrar nos faz sofrer / Esquecer é preferível”, reforça o tom melancólico da canção, onde o esquecimento surge como um alívio diante da dor.

A regravação faz parte do projeto “Brutos de Verdade” e mantém a essência emotiva da composição original de Tião Carreiro e Zé Fortuna, ao mesmo tempo em que traz arranjos modernos. Assim, a música mostra que temas como saudade, amores impossíveis e a passagem do tempo continuam relevantes e universais no sertanejo.