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A Canção de Lisboa

Jorge Palma

LetraSignificado

    Os serões habituais
    As conversas sempre iguais
    Os horóscopos, os signos e ascendentes
    Mais a vida da outra sussurrada entre os dentes
    Os convites nos olhos embriagados
    Os encontros de novo adiados
    Nos ouvidos cansados ecoa
    A canção de lisboa

    Não está só a solidão
    Há tristeza e compaixão
    Quando sono acalma os corpos agitados
    Pela noite atirados contra colções errados
    Há o silêncio de quem não ri nem chora
    Há divórcio entre o dentro e o fora
    E há quem diga que nunca foi boa
    A canção de lisboa

    Mamã, mamã
    Onde estás tu mamã
    Nós sem ti não sabemos mamã
    Libertar-nos do mal

    A urgência de agarrar
    Qualquer coisa para mostrar
    Que afinal nos também temos mão na vida
    Mesmo que seja a custa de a vivermos fingida
    O estatuto para impressionar o mundo
    Não precisa de ser mais profundo
    Que o marasmo que nos atordoa
    Ó canção de lisboa

    As vielas de néon
    As guitarras já sem som
    Vão mantendo viva a tradição da fome
    Que a memória deturpa e o orgulho consome
    Entre o orgasmo e a gruta ainda fria
    O abandonado da carne vazia
    Cada um no seu canto entoa
    A canção de lisboa


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