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Atrás dos Tempos

Jorge Palma

Letra

    Eu pego na minha viola
    E canto assim
    Esta vida
    A correr
    Eu sei que é pouco e não consola
    Nem cozido à portuguesa há sequer
    Quem canta sempre se levanta
    Calados é que podemos cair
    Com o vinho molha-se a garganta
    Se a lua nova está para subir
    Que atrás dos tempos vêm tempos
    E outros tempos hão-de vir
    Eu sei de histórias verdadeiras
    Umas belas
    Outras tristes de assombrar
    Do marinheiro morto em terra
    Em luta por melhor vida no mar
    Da velha criada despedida
    Que enlouqueceu e se pôs a cantar
    E do trapeiro da avenida
    Mal dormido se pôs a ouvir
    Que atrás dos tempos vêm tempos
    E outros tempos hão-de vir
    Sei de vitórias e derrotas
    Nesta luta que se há-de vencer
    Se quem trabalha não esgosta
    No seu salário sempre a descer
    Olha a polícia
    Olha o talher
    Olha o preço da vida a subir
    Mas quem mal faz
    Por mal espere
    Se o tirano fez a festa
    P'ra fugir
    Que atrás dos tempos vêm tempos
    E outros tempos hão-de vir
    Mas esse tempo que há-de vir
    Não se espera como a noite
    Espera o dia
    Nasce da força que transpira
    De braços e pernas em harmonia
    Já basta tanta desgraça
    Que a gente tem no peito
    A cair
    Não é do povo
    Nem da raça
    Mas do modo como vês o porvir
    Que atrás dos tempos vêm tempos
    E outros tempos hão-de vir


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