exibições de letras 22

Eternamente

Jorge SM

Letra

    Fiz de mim um poeta na nação desgovernada
    Para trazer atona a poesia eclética pura
    Dono da grafia exclusiva discriminada
    Pelos minimalistas que desconhecem a cultura
    Encontrei o meu lugar nessas barras faraônicas
    Fazendo delas arte elevada e icônica
    Fazendo dessa magnitude estacionária

    Colecionar rimas com verdade é a minha qualidade primária
    Escrevo durante a alvorada e narro todo dia
    Alimento a minha caminhada com sabedoria
    Dou luz a quem me vê como fonte dessa energia
    Mano eu escrevo todo dia e elevo a minha fasquia

    E sem dúvidas sou inclinado para essa luta
    Faço o manifesto e vou contra quem nos sepulta
    Essa liberdade é a base da minha conduta
    Fora desses rótulos, mas eu amo a poesia astuta

    Poetas hoje, amanhã e eternamente
    Encontro na mente a razão para seguir em frente
    A minha caneta é a voz desse espírito dormente
    Que narra a dor do povo nesse mundo inconsequente

    Era suposto não dar ouvido pra criação
    Baixar o rosto, frustrado, por reprimir a ação
    Do som em mim, do dom, enfim, tá selado
    O preço da sobriedade? É o sonho encarcerado

    Por trás da cortina vi a rotina sorrir na surdina
    Por ver minha cabeça na mira d'uma carabina
    Quase sucumbi a essa agenda assassina
    Como se alguém pudesse não confirmar a sua própria sina

    Hoje tou compacto me conecto com a conatos
    Tou com pacto de dizer o que sou de fato só com atos
    Quase nem relaxo, me capto introspectivo
    Serei eu relapso, inapto e introvertido

    Por me dedicar a meditar e só me medicar
    Com o remédio que o espírito me ditar?!
    Eu não vou mendigar, o que mundo tem pra dar é pouco
    Se a lucidez encarcerar, eu vou dar em louco

    O tempo me provou que se provoco
    A minha voz interna só me equivoco
    E assim vou com a certeza plena
    Se o coração e a cabeça andam em sintonia

    A vida é oração e a promessa é que haja sincronia
    Entre o que demos e o que pedimos
    Só somos o que devemos quando prescindimos
    Do que pensamos ser

    Então me diluo nessa caneta
    Pra que cada letra se confunda com o poeta

    Poetas hoje, amanhã e eternamente
    Encontro na mente a razão para seguir em frente
    A minha caneta é a voz desse espírito dormente
    Que narra a dor do povo nesse mundo inconsequente

    Poetas hoje, amanhã e eternamente
    Encontro na mente a razão para seguir em frente
    A minha caneta é a voz desse espírito dormente
    Que narra a dor do povo nesse mundo inconsequente


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