O Que Eu Não Conheço

A Beleza do Desconhecido: Uma Jornada Interior em 'O Que Eu Não Conheço'

A música 'O Que Eu Não Conheço' de Jorge Vercillo é uma reflexão poética sobre a complexidade do ser humano e a beleza do desconhecido. A letra começa com a metáfora do bordado, onde o avesso, geralmente escondido, é considerado o mais importante. Isso sugere que as partes de nós que não são visíveis ou conhecidas são as mais valiosas e significativas. Vercillo utiliza essa metáfora para explorar a ideia de que o que realmente importa em uma pessoa é aquilo que ela ainda não conhece sobre si mesma.

A canção também aborda a transformação pessoal que ocorre quando estamos na presença de alguém especial. O eu lírico descreve como se enfeita e se perfuma, tanto fisicamente quanto mentalmente, na expectativa de encontrar essa pessoa. Esse processo de preparação e a descoberta de novos limites quando se está com o outro revelam uma busca constante por autoconhecimento e crescimento pessoal. A presença do outro serve como um catalisador para que o eu lírico explore aspectos desconhecidos de si mesmo.

Por fim, a música fala sobre o 'segredo do ponto' e o 'rendido do tempo', sugerindo que o autoconhecimento é um processo contínuo e intrincado, semelhante ao trabalho artesanal de um bordado. O ensinamento passado, mencionado na letra, pode ser interpretado como a sabedoria acumulada ao longo da vida, que nos ajuda a entender e valorizar o que ainda não conhecemos sobre nós mesmos. A canção, portanto, celebra a jornada de autodescoberta e a beleza do desconhecido, incentivando-nos a abraçar o que ainda não sabemos sobre nós mesmos.