Como Diria Blavatsky

Reflexões espirituais e autoconhecimento em “Como Diria Blavatsky”

“Como Diria Blavatsky”, de Jorge Vercillo, explora temas profundos da teosofia de forma acessível, trazendo para a música popular conceitos como reencarnação, autoconhecimento e a missão da alma. Inspirado diretamente nas ideias de Helena Blavatsky, referência central do movimento teosófico, Vercillo utiliza versos como “Não sei olhar pra mim sem ser no espelho / Talvez por que não queira descobrir de onde vim, quem sou” para expressar a dificuldade humana de encarar a própria essência e origem. Essa reflexão dialoga tanto com a teosofia quanto com as próprias inquietações do artista sobre consciência e propósito de vida.

A canção também faz referência à ideia de que as almas escolhem suas experiências terrenas para evoluir, como no trecho “preparação pro ouro e para dor / Dessa missão que eu mesmo escolhi”, alinhando-se à visão teosófica de aprendizado e esquecimento temporário da verdadeira natureza espiritual. Vercillo ainda resgata uma nostalgia de um tempo em que “os humanos não escravizavam os animais” e “entendíamos que somos seres imortais”, sugerindo uma humanidade mais conectada à sua essência antes da “queda para a terceira dimensão”. O verso “Você me faz lembrar que somos deuses / Caídos na terceira dimensão, / Foi nossa escolha então” reforça a influência de Blavatsky ao tratar da divindade interior e da encarnação como escolha consciente. Por fim, ao afirmar “E porque não dizer que temos tempo / Pra tudo...”, o artista transmite uma visão otimista sobre a evolução da alma, mantendo o tom reflexivo e filosófico da música.