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Modinha Número Um

José Briamonte

Letra

    Mulher, ouve o meu desespero
    É só teu meu inteiro amor
    Oh, vem, tem um gesto e perdoa
    A demência do teu cantor

    Ai, como pode um pobre poeta escravo
    Padecer o travo de um doesto injusto
    Só um dissabor
    Ai, como pode tanto amor vivido
    Merecer o olvido, suportar o agravo
    Do teu desamor

    Mulher, abre a tua janela
    Aqui vela o teu trovador
    Que em pranto soluça
    Os seus últimos cantos
    Ao nosso amor

    Vem e debruça tua imagem linda
    Sobre o triste poeta que soluça ainda
    De não ver-te mais
    E abre o teu quarto aos passos meus, amantes
    Para como dantes, nossos delirantes
    Beijos abismais


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