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Letra

    Eu nunca froxei a perna pra potro que corcoveia
    Me criei montando em pêlo surrando só nas orelhas
    E quando o matungo roda é que coisa fica feia
    Sou ligeirito no más sou destes que não se enleia

    Num aparte de mangueira tanto a pé como a cavalo
    Na saída de algum brete sempre botei meu pealo
    E quando a prosa é demais que eu ouço muito e me calo
    Me deito em altas da noite me acordo ao cantar do galo

    Quando faço um alambrado que estico bem o arame
    Se escapa o estirador o tombo é que é mais infame
    Se danço mal no fandango não importa que reclame
    Em namoro de cozinha só me paro no baldrame

    Se me meto na carpeta pra jogar não jogo pouco
    Se for preciso até brigo mas não entrego o meu troco
    O jogo é coisa do diabo e eu sou burro quando empaca
    Já levantei de uma mesa com dez cartas na guaiaca

    Meu serviço é coisa bruta que não serve pra doutor
    Nem pra estes da cola fina metido a conquistador
    Vivo lavrando a boi pisando no meu suor
    Levantando alguma vaca no fundo de um corredor

    Fui criado meio xucro um pobre peão de estância
    Venho curtido da estrada de tanto encurtar distância
    Respeitando minha estampa do amor pela querência
    Sou feito de pau a pique com o Rio Grande na consciência

    Composição: José Theiodoro dos Santos Jr. Essa informação está errada? Nos avise.

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