exibições de letras 579
Letra

    Ergue a pau o alambrador
    E os buracos vão brotando
    E os moirões se enfileirando
    Que nem soldados pra guerra.

    Um socado de capricho
    Pra que ninguém se desgoste
    Por grosso que seja o poste,
    Não lhe deixa sobrar terra.

    Gira a pua sai fumaça
    Num moirão de guajuvira
    E o alambrado se estira
    Tal qual um pinho afinado.

    O serrote marca os trastes
    Já vem o atilho depressa
    Se enroscando na promessa
    De viver sempre abraçado.

    Rabicho e morto de angico
    Pra que o cimbronaço agüente
    Amordaça, gruda os dentes
    Espicha firme o arame.

    A chave enrodilha a ponta
    Como quem guarda um segredo
    Quando escapa e dá nos dedos
    Alamaula, dor infame!

    À noite á beira da carpa
    Ao ver a estrela cadente
    Três pedidos, num repente
    Faz depressa antes que apague.

    E a cada alambrado firme
    Tenha outro pela frente
    E um piazito sorridente
    Para ensinar-lhe o que sabe.

    Rabicho e morto de angico
    Pra que o cimbronaço agüente
    Amordaça, gruda os dentes
    Espicha firme o arame.

    A chave enrodilha a ponta
    Como quem guarda um segredo
    Quando escapa e dá nos dedos
    Alamaula, dor infame!

    Composição: Lucio Yanel / Valdo Nóbrega. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de José Claudio Machado e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção