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Sertão do Viradô

José Fortuna

Letra

    Naquela tarde de outubro, quando o fogo levantô
    Lá na mata do pau d’álho no sertão do viradô
    Conforme o vento batia as labareda aumentô
    Distância de muitas léguas, todo o céu avermeiô

    No outro lado da mata, um caboclo ali morava
    Vendo o fogo aproximando, o seu filhinho chorava
    Aquele sertão bravio em cinza se transformava
    Prá queimar o seu ranchinho poucos minutos restava

    E naquele desespero uma vela ele acendeu
    Caiu de joelho e rezô, logo o trovão respondeu
    Era a voz da natureza que o seu pedido atendeu
    O céu se cobriu de nuvem na mesma hora choveu

    O caboclo ajoelhado do lugar não levantô
    Vendo a chuva que caia milagre que Deus mandô
    Naquele sertão em brasa chuva com fogo lutô
    Cem metros longe de casa foi onde o fogo apagô

    O caboclo por promessa uma capela levantô
    Provando o poder da fé todo aqueles moradô
    Quando chega o mês de outubro com as novenas levam flor
    Na capela do milagre do sertão do viradô


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