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Viola Caviúna

José Fortuna

Letra

    Viola de caviúna, madeira que não apodrece
    Já foi arvore no sertão onde as ramagens florescem
    Do braço todo enfeitado e o bojo feito num s
    É um coração de madeira que também sofre e padece
    Neste mundo de maldade só você me obedece
    Segredos de minha vida é só você que conhece.
    Quando minha viola chora a natureza estremece
    Tem o canto da araponga na mata quando escurece
    As flores se abrem no campo, a mata toda enverdece
    Quem tá triste fica alegre, quem tá alegre se entristece
    Chora quem nunca chorou, coração duro amolece
    Quem tem mágoa em sua vida deste momento se esquece.

    Violeiro é muito estimado no lugar onde aparece
    Nas funções aonde eu chego todo mundo me conhece
    Eu entro salão a dentro, só saio quando amanhece
    Quando a linda estrela d’alva atrás da serra aparece
    E o sereno da alvorada toda a folhagem umedece
    Contemplando a natureza no luar que resplandece.
    Todo o caboclo violeiro com a viola se envaidece
    Ela é seu oratório onde ele faz a prece
    Com as amarguras da vida ele nunca se aborrece
    Leva a vida divertindo, não sente quando envelhece
    E quando a morte o levar que na sepultura desce
    Somente sua viola para o mundo ele oferece.


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