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El aguacero (Canción de la Pampa)

José González Castillo

Letra

A Chuva (Canção da Pampa)

El aguacero (Canción de la Pampa)

Como se estivesse renegando o DestinoComo si fuera renegando del Destino
de entrelaçar léguas e léguas sobre a triste extensãode trenzar leguas y leguas sobre la triste extensión
vai a carroça, rangendo no caminhova la carreta, rechinando en el camino
que parece se abrir, ao passo de seu branco cascarão.que parece abrirse, al paso de su blanco cascarón.

Quando a ossada chiaCuando chilla la osamenta
sinal que vem a tormenta...señal que viene tormenta...
Um sopro fresco vai alisando os pastosUn soplo fresco va rizando los potreros
e fazem barulho os horneros anunciando o temporal...y hacen bulla los horneros anunciando el chaparrón...

E a Pampa é um lenço verde,Y la Pampa es un verde pañuelo,
pendurado no céu,colgado del cielo,
tendido ao sol,tendido en el sol,
como às vezes a vida se apresentacomo a veces resulta la vida
sem sombras nem feridas,sin sombras ni heridas,
sin pena nem amor...sin pena ni amor...
O vento da baixadaEl viento de la cañada
traz gosto de terra molhadatrae gusto a tierra mojada
e no canto do velho boiadeiroy en el canto del viejo boyero
parece que o pamperoparece el pampero
sopra sua dor...soplar su dolor...

Desatou-se de repente a tempestadeSe ha desatado de repente la tormenta
e a chuva é uma cortina estendida na imensidãoy es la lluvia una cortina tendida en la inmensidad
enquanto os bois, na trilha empoeirada,mientras los bueyes, en la senda polvorienta,
dão respiros de contentamento como se quisessem andar...dan soplidos de contento como con ganas de andar...
Viva o canto do tero¡Bien haiga el canto del tero
que saúda a chuva!que saluda al aguacero!
Já não é tão triste a tristeza do caminhoYa no es tan triste la tristeza del camino
e no vertigem o boiadeiro sente vontade de cantar.y en el pértigo el boyero siente ganas de cantar.

Langanay, velho boi, lombo malhado,Langanay, viejo buey, lomo overo,
quieto parceiro de um mesmo pesar,callado aparcero de un mismo penar,
igual jugo nos ata ao caminho...igual yugo nos ata al camino...
Pesado destino¡Pesado destino
de andar e andar!de andar y de andar!
Para onde irás, boi malhado¿Adónde irás, buey overo
que o boiadeiro não te siga?que no te siga el boyero?
E a Pampa é um lenço verde,Y la Pampa es un verde pañuelo,
pendurado no céu, que quer chorar...colgado del cielo, que quiere llorar...


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