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Um por Um

Juan Carlos Baglietto

De uno en uno

Tenemos los mismos vicios, iguales penas;
comemos el mismo pan, nacemos todos igual,
y a veces tardamos años en despertar.
La realidad más profunda hiere y nos quema.
"Ser alguien" nos tiene mal, se sueña para palear
y descubre que no está en ningœn lugar.
Sólo hasta aquí las miradas tienen algo diferente.
Déjenme en paz! No podemos ser mentira y ser verdad;
no podemos defender y ser fiscal!
Tenemos ls mismos miedos, iguales cielos,
en rima de algœn refrán, somos cobardes para empezar
a resucitar los muertos que vivos hay.
Todas las viejas cuerdas que hemos atado,
no importa cuál va a ceder; morir sólo es comprender,
la vida prepara el alma para nacer.
Sólo hasta aquí mil estacas nos clavaron duramente.
Déjenme en paz! No podemos ser los buenos y el
rufián,
no podemos ser los ciegos y mirar!

Um por Um

Temos os mesmos vícios, as mesmas dores;
comemos o mesmo pão, nascemos todos iguais,
e às vezes levamos anos pra acordar.
A realidade mais profunda fere e queima a gente.
"Ser alguém" nos faz mal, sonhamos pra aliviar
e descobrimos que não estamos em lugar nenhum.
Só até aqui os olhares têm algo diferente.
Me deixem em paz! Não dá pra ser mentira e ser verdade;
não dá pra defender e ser o juiz!
Temos os mesmos medos, os mesmos céus,
em rima de algum ditado, somos covardes pra começar
a ressuscitar os mortos que vivos estão.
Todas as velhas cordas que amarramos,
não importa qual vai ceder; morrer é só entender,
a vida prepara a alma pra renascer.
Só até aqui mil estacas nos cravaram com força.
Me deixem em paz! Não dá pra ser os bons e o
bandido,
não dá pra ser os cegos e enxergar!

Composição: Fabian Gallardo