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Dorotea, A Cativa

Juan Carlos Baglietto

Dorotea, La Cautiva

Yo no soy huinca, capitán
Hace tiempo lo fui
Deje que vuelva para el sur
Déjeme ir allí

Mi nombre casi lo olvidé
Dorotea Bazán
Yo no soy huinca, india soy
Por amor, capitán

Me falta el aire pampa y el olor
De los ranqueles campamentos
El cobre oscuro de la piel de mi señor
En este imperio de gramilla, trigo y sol

Usted se asombra, capitán
Que me quiera volver
Un alarido de malón
Me reclama la piel

Yo me hice india y ahora estoy
Más cautiva que ayer
Quiero quedarme en el dolor
De mi gente ranquel

Me falta el aire pampa y el olor
De los ranqueles campamentos
El cobre oscuro de la piel de mi señor
En este imperio de gramilla, trigo y sol

Yo no soy huinca, capitán
Hace tiempo lo fui
Deje que vuelva para el sur
Déjeme ir allí

Dorotea, A Cativa

Eu não sou branco, capitão
Fui um tempo atrás
Deixe que eu volte pro sul
Deixe-me ir pra lá

Meu nome quase esqueci
Dorotea Bazán
Eu não sou branco, sou índia
Por amor, capitão

Me falta o ar da pampa e o cheiro
Dos acampamentos ranqueles
O cobre escuro da pele do meu senhor
Neste império de capim, trigo e sol

Você se espanta, capitão
Que eu queira voltar
Um grito de malón
Reclama a minha pele

Eu me fiz índia e agora estou
Mais cativa que ontem
Quero ficar na dor
Do meu povo ranquel

Me falta o ar da pampa e o cheiro
Dos acampamentos ranqueles
O cobre escuro da pele do meu senhor
Neste império de capim, trigo e sol

Eu não sou branco, capitão
Fui um tempo atrás
Deixe que eu volte pro sul
Deixe-me ir pra lá

Composição: