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Não Esqueça Que Uma Vez Você Foi Sol

Juan Carlos Baglietto

No Olvides Que Una Vez Tu Fuiste Sol

No olvides que una vez tu fuiste sol
No olvides ni la tapia ni el laurel
No dejes de asombrarte al asistir
A un nuevo nacimiento en tu jardín
No pierdas una ventana
No entregues tus mañanas
De aguaceros y juegos
Ni desentierres tesoros, viejos
No ocultes lo que ayer se te ofreció
No escondas ni la pena ni el dolór
No dejes que una nube diga adios
No saltes en pedazos
No ocultes tu diamante
No entregues tu perfecto amanecer
Ni tus estrellas, ni tu arena, ni tu mar
Ni tu incansable caminar
Vete de nuevo hasta el arroyo
Donde esta tu mejor canto

Y ve, calmale la sed a tus enormes prados
No permitas que se pierda tu cosecha
Hoy que hasta la lluvia fiel no te ha escuchado
Y busca tu raiz
Y dale la caricia a la que siempre espera
La única manera de hacerla que vuelva
A ofrecerte frutos hasta en el invierno
Y no olvides que una vez, tu fuiste sol
Y ve, desata esos diques de corrientes presas
Dejate llevar y vuelve a ser jinete
Baja hasta tus valles de palomas sueltas
Que este es tu pais
Donde estan tus riendas
Donde esta tu espuma
Donde abandonaste tu camino entonces
Donde naufragaste haz crecer mil rosas
Y no olvides que una vez tu fuiste sol

Não Esqueça Que Uma Vez Você Foi Sol

Não esqueça que uma vez você foi sol
Não esqueça nem da parede nem do louro
Não deixe de se surpreender ao assistir
A um novo nascimento no seu jardim
Não perca uma janela
Não entregue suas manhãs
De chuvas e brincadeiras
Nem desenterre tesouros, antigos
Não esconda o que ontem te foi oferecido
Não esconda nem a dor nem o sofrimento
Não deixe que uma nuvem diga adeus
Não se despedaçe
Não esconda seu diamante
Não entregue seu amanhecer perfeito
Nem suas estrelas, nem sua areia, nem seu mar
Nem seu incansável caminhar
Vá de novo até o riacho
Onde está seu melhor canto

E veja, mate a sede dos seus enormes prados
Não permita que sua colheita se perca
Hoje que até a chuva fiel não te ouviu
E busque sua raiz
E dê carinho a quem sempre espera
A única maneira de fazê-la voltar
A te oferecer frutos até no inverno
E não esqueça que uma vez, você foi sol
E veja, desate essas barragens de correntes presas
Deixe-se levar e volte a ser cavaleiro
Desça até seus vales de pombas soltas
Que este é seu país
Onde estão suas rédeas
Onde está sua espuma
Onde você abandonou seu caminho então
Onde naufragou, faça mil rosas crescerem
E não esqueça que uma vez você foi sol

Composição: Augusto Blanca