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Tiempo De Silencio

Juan Carlos Baglietto

Letra

Tempo de Silêncio

Tiempo De Silencio

Silêncio como pena no vazioSilencio como pluma en el vacio
como quem cala um sonho enquanto sonhacomo quien calla un sueño mientras sueña
silêncio no espaço e nos navios,silencio en el espacio y los navios,
e na alma de fogo da lenha.y en el alma de fuego de la leña.
Silêncio nos portais da guerraSilencio en los portales de la guerra
façam silêncio tropas e armamentoshagan silencio tropas y armamentos
nos computadores da terraen los ordenadores de la tierra
do cosmos e do mar guardem silêncio.del cosmos y del mar guarden silencio.
Silêncio até que o ar desmaieSilencio hasta que el aire se desmaye
nos arcos vazios do sopro,en los arcos vacios del aliento,
povoados de gargantas na rua,pobladas de gargantas en la calle,
que nada fique flutuando no vento.que nada quede flotando en el viento.
Silêncio nas varandas e nos templosSilencio en los balcones y en los templos
quero pedir silêncio nos palanquesquiero pedir silencio en los estrados
aos juízes quero pedir silêncio,a los jueces quiero pedir silencio,
aos absolvidos e aos condenados.a los absueltos y a los condenados.
Silêncio porque uma palavra mudaSilencio porque una palabra muda
é mais que uma palavra vazia,es más que una palabra hueca,
donde os questionários e as dúvidas,donde los cuestionarios y las dudas,
são como uma fonte que não seca.son como un manantial que no se seca.
Silêncio quando estamos quase mortos,Silencio cuando estamos casi muertos,
de tanto dizer morte pela bocade tanto decir muerte por la boca
comendo com nossos ouvidos abertoscomiendo con nuestros oidos abiertos
palavras, esqueletos de gaivotas.palabras, esqueletos de gaviotas.
No silêncio haverá palavra novaEn el silencio habrá palabra nueva
saltando como flor nos restossaltando como flor en los deshechos
que nos apague dos lábios a névoaque nos borre de los labios la niebla
e nos encha de luz o peito.y nos vuelva a llenar de luz el pecho.
Vespa que foi se agigantandoAvispa que se ha ido agigantando
até cobrir de mentira os muros,hasta cubrir de mentira los muros,
sem ver que seu ferrão ficou brilhandosin ver que su aguijón quedó brillando
como uma estrela contra um pano escuro.como una estrella contra un lienzo oscuro.

Silêncio quando estivermos ...Silencio cuando estemos ...

Composição: Jorge Fandermole. Essa informação está errada? Nos avise.

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