395px

Adeus Chantecler (part. Jorge Valdez)

Juan D'arienzo

Adiós Chantecler (part. Jorge Valdez)

Te redujo a escombros
La fría piqueta
Y al pasar de noche
Mirando tus ruinas

Esté milonguero se siente poeta
Y a un tango muy triste
Le pone sordina

Entre aquellas rojas
Cortinas de pana
De tus palcos altos
Que ahora no están
Se asomaba siempre
Madama ritana
Cubierta de alhajas
Bebiendo champagne

Entre risas, alegres y chistes
Siempre estaba penatan renée
Y de verla tan linda y tan triste
Bajo besos que me enamore
Hoy ni ella está más en la sala
Ni tampoco entro yo al cabaret

Se vinieron abajo tus ganas
Bullanguero y cordial chantecler

En las noches bravas
Hasta el tango era un rito
Y velaba la sala
Con ritmo nervioso
Porque en ese entonces
Estaba juancito
Hallando en su orquesta
Su estilo famoso

Ya no queda nada
Y aquello no existe
Ni tus bailarinas ni tu varieté
Principe cubano
Te veo muy triste
Pasar silencioso
Frente al chantecler

Adeus Chantecler (part. Jorge Valdez)

Você foi reduzido a escombros
Pela fria picareta
E ao passar de noite
Olhando suas ruínas

Este milongueiro se sente poeta
E a um tango muito triste
Ele coloca um abafador

Entre aquelas cortinas vermelhas
De veludo cotelê
Dos seus camarotes altos
Que agora não existem
Sempre se assomava
Madame Ritana
Coberta de joias
Bebendo champanhe

Entre risos, alegres e piadas
Sempre estava Penatan Renée
E ao vê-la tão linda e tão triste
Sob beijos que me apaixonei
Hoje nem ela está mais na sala
Nem eu entro mais no cabaré

Suas vontades desabaram
Barulhento e cordial Chantecler

Nas noites bravas
Até o tango era um ritual
E ele velava a sala
Com ritmo nervoso
Porque naquela época
Estava Juancito
Encontrando em sua orquestra
Seu estilo famoso

Já não resta nada
E aquilo não existe mais
Nem suas bailarinas nem seu varietê
Príncipe cubano
Te vejo muito triste
Passando silencioso
Em frente ao Chantecler

Composição: Enrique Cadícamo