Com Alma de Tango (part. Armando Laborde)
Eu sou a própria alma
Do meu tango
Carregado de rancor
E desilusões
Amargo em suas palavras
E em sua emoção
Amargo como minha dor
Eu sou a própria alma
Do meu tango
Cansado
Em seu compasso tristonho
Dor de solidão
Canção de tarde cinzenta
Nas sombras
Do meu coração
Vazia ficou
Minha taça
Que o vinho da lembrança
Há de preencher
Eu a espero febrilmente
Como ontem
A procuro
Com minha ansiedade inútil
Meu beijo se quebrou
Na taça
Meu beijo que ecoou
Em sua boca
Sua boca
Que mentiu e deixou
Em minha solidão
Sua zombaria de amor