Farabute (part. Alberto Echagüe)
Farabute ilusionado
Por la mersa de magnates
Que enfarolan tu presencia
Con suntuosa presunción
No manyas pobre franela
Que aquel qué nació en un catre
A vivir modestamente
La suerte lo condenó
Sos la escoria remanyada
Que fungias con tu presencia
De chitrulo sin carpeta
Residuo del arrabal
Tus hazañas de malevo
Al cuaderno de la ausencia
Con el lápiz del recuerdo
Te las voy a enumerar
Clandestino de carrera
Al ratito quiñielero
Así te haces las chirolas
Con que a veces te empilchas
Y en tu casa todo el año
A la hora del puchero
Te enyantas de prepotencia
Lo que nunca te ganas
Deschabate farabute
No naciste pa' cafishio
Al laburo dedícate
Y allí está tu salvación
Recordá la viejecita
Que hace un mes en el hospicio
Al morir, ¡Tus hermanitas!
Suplicando señaló
Ya que en su triste existencia
Cómo un trapo la has tratado
Ni un halago tan siquiera
Le supiste demostrar
Hoy tenés frente a la vida
La misión que te ha encargado
Que la santa desde el cielo
Te sabra recompensar
Trapaceiro (part. Alberto Echagüe)
Trapaceiro iludido
Pela sujeira dos magnatas
Que envolvem sua presença
Com suntuosa presunção
Não entende, pobre trapo
Que aquele que nasceu em um catre
Para viver modestamente
A sorte o condenou
Você é a escória remendada
Que fingia com sua presença
De malandro sem carteira
Resíduo do subúrbio
Suas façanhas de malandro
No caderno da ausência
Com o lápis da lembrança
Vou enumerá-las
Clandestino de carreira
Logo depois, apostador
Assim você ganha uns trocados
Com os quais às vezes se veste
E em sua casa o ano todo
Na hora da refeição
Você se vangloria de prepotência
O que nunca conquistou
Desperte, trapaceiro
Você não nasceu para vigarista
Dedique-se ao trabalho
E lá está a sua salvação
Lembre-se da velhinha
Que há um mês no asilo
Ao morrer, suas irmãs!
Suplicando apontou
Já que em sua triste existência
Como um trapo você a tratou
Nem um elogio sequer
Conseguiu demonstrar
Hoje você tem diante da vida
A missão que lhe foi confiada
Que a santa do céu
Saberá recompensar