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Velho Smoking (part. Armando Laborde)

Juan D'arienzo

Viejo Smoking (part. Armando Laborde)

Campanea como el cotorro
Va quedando despoblado
Todo el lujo es la catrera
Compadreando sin colchón

Y mira este pobre mozo
Cómo ha perdido el estado
De amargado, pobre y flaco
Cómo perro de botón

Poco a poco todo ha ido
De zabeca pa'l' empeño
Se dio juego de pileta
Y hubo que echarse a nadar

Solo vos te vas salvando
Porque pa' mí sos un sueño
Del que quiera Dios que nunca
Me vengan a despertar

Viejo smoking de mis tiempos
En que yo también tallaba
Cuánta papusa garaba
En tu solapa lloro

Solapa que con su brillo
Parecían que encandilaban
Y que dónde iba sentaba
Mi fama de gigolo

Yo no siento la tristeza
Se saberme derrotado
Ni me atormentada el recuerdo
Ni mi pasado esplendor

No me arrepiento del vento
Ni los años que he tirado
Pero lloro al verme solo
Sin amigos, sin amor

Sin una mano que venga
A coparme una parada
Sin una mujer que alegre
El resto de mi vivír

Vas a ver que un día de estos
Te voy a poner de almohada
Y tirao en la catrera
Me voy a dejar morir

Velho Smoking (part. Armando Laborde)

Soa como o papagaio
Está ficando despovoado
Todo o luxo é a catrera
Compadreando sem colchão

E olha esse pobre rapaz
Como perdeu o estado
De amargurado, pobre e magro
Como um cachorro de botão

Pouco a pouco tudo foi
De zabeca para o penhor
Houve um jogo de piscina
E tivemos que nadar

Só você vai se salvando
Porque para mim você é um sonho
Que Deus queira que nunca
Venham me acordar

Velho smoking dos meus tempos
Quando eu também me destacava
Quantas garotas eu conquistava
Em sua lapela eu choro

Lapela que com seu brilho
Parecia que encantava
E onde eu ia sentava
Minha fama de gigolô

Eu não sinto a tristeza
De me saber derrotado
Não me atormenta a lembrança
Nem meu passado de esplendor

Não me arrependo do vento
Nem dos anos que joguei fora
Mas choro ao me ver sozinho
Sem amigos, sem amor

Sem uma mão que venha
Compartilhar uma parada comigo
Sem uma mulher que alegre
O resto da minha vida

Vai ver que um dia desses
Vou te usar como travesseiro
E deitado na catrera
Vou me deixar morrer

Composição: Esteban Celedonio Flores