Romance a Una Tejedora Manabita
Con una horma de esperanza
Y dedos de clavellina
Va tejiendo su sombrero
La manabita más linda
Que finas que son las hebras
Tan finas como ella misma
Ay quien fuera horacio hidrovo
O el panal de su poesia
Para cantarte en aromas
Una canción de toquilla
Dime linda manabita
Si es verdad que en tus vigilias
Tejes con aguas delgadas
O en diamantes cristalizas
Ese sombrero tan leve
Que más que sombrero es brisa
O es que tus dedos de pétalos
De rosas nardos y lirios
Están tejiendo un sombrero
Con rayos de Luna india
Di porque haciendo milagros
Aun tus ojos no me miran
En altar de tamarindos
Entre oro incienso y mirra
O es que acaso por robar
Al creador sus maravillas
Con que tejió las estrellas
De los altares te quitan
Y te encarcelan celosas
Las rejas de eucaristía
¡Pero no!... Guarda silencio
Tus secretos no me digas
Sigue en tu horma de esperanza
Tejiendo sueños de almíbar
Y diciendo a labios quedo
Oraciones de ambrosía
Teje teje tejedora
De dedos de clavellina
Teje tejedora
Y une mis versos a tu toquilla
Romance a Uma Tecedeira Manabita
Com uma forma de esperança
E dedos de cravina
Vai tecendo seu chapéu
A manabita mais linda
Que finas que são as fibras
Tão finas como ela mesma
Ai, quem me dera ser Horácio Hidrovo
Ou o mel de sua poesia
Para cantar-te em aromas
Uma canção de palha
Diz pra mim, linda manabita
Se é verdade que em suas vigílias
Tece com águas finas
Ou em diamantes cristaliza
Esse chapéu tão leve
Que mais que chapéu é brisa
Ou é que teus dedos de pétalas
De rosas, nardos e lírios
Estão tecendo um chapéu
Com raios de Lua índia
Diz porque fazendo milagres
Ainda teus olhos não me olham
No altar de tamarindos
Entre ouro, incenso e mirra
Ou é que acaso pra roubar
Do criador suas maravilhas
Com que teceu as estrelas
Dos altares te tiram
E te aprisionam ciumentas
As grades da eucaristia
Mas não!... Guarda silêncio
Teus segredos não me digas
Continue em sua forma de esperança
Tece sonhos de mel
E dizendo a lábios baixos
Orações de ambrosia
Tece, tece, tecedeira
De dedos de cravina
Tece, tecedeira
E une meus versos à sua palha