Cuándo

Quando

Cuándo

Contra a mão caíram as desgraçasA contramano les cayeron los disgustos
A força lenta os consome como discursoLa fuerza lenta los consume cual discurso
Entremeado de ressentimentos e falhasEntreverado de rencores y falencias
E despovoado de qualquer inteligênciaY despoblado de cualquier inteligencia

Há mãos suaves que acariciam com o cotoveloHay manos suaves que acarician con el codo
E santos pães que se elevam sobre o tronoY santos panes que se elevan sobre el trono
O que não sabem é discutido e o que guardamLo que no saben se discute y lo que guardan
É desembainhado para as festas patronaisLo desenvainan pa las patronales

Tantos infernos de umidadeTantos infiernos de humedad
Terra de ninguém, para não chorarTierra de nadie, para no llorar
Atrás de ganchosDetrás de ganchos
Sobem garrafas degraus acimaSuben botijas a peldaños
Colocam os ferros sobre panosPonen los fierros sobre paños
E passam seus anos, de envelopes para um caixãoY hacen sus años, de sobres a un cajón

Todas as peças desorganizam os pedidosTodas las piezas desordenan los pedidos
Enquanto os juízes abanam seus castigosMientras los jueces abanican sus castigos
E em uma tosca caravana corremY en una burda caravana corretean
Aqueles que trazem para onde eles os levamA los que traen para donde ellos se lo llevan

Com tudo isso há uma lista interminávelA todo esto hay una lista interminable
De cheques sujos, de respostas sem cadáverDe cheques sucios, de respuesta sin cadáver
Pressão injusta de quem sonha entre palmeirasApriete injusto de quien sueña entre palmares
E é exilado pelo que nem vale a penaY se destierra por lo que ni vale

Tantos infernos de umidadeTantos infiernos de humedad
Terra que tapam para cotarTierra que tapan para cotizar
Depois de um quandoDespués de un cuándo
Sofrem amores tão mesquinhosSufren amores tan tacaños
Esvaziam suas caminhonetes, comissáriosVacían sus chatas, comisarios
E dão mais valor a um suspiroY les dan saldo mayor a un respirar