Tuñon
Bajo la Luna festiva de mi canción
Nos apuraba la sed
El nervio suelto en el centro -siempre Tuñón-
La sobremesa de entonces
Mil lapiceras gastadas en la creación
De servilletas sin orden
Buscando el bronce escondido en sórdido Sol
Mientras humeaba el café
La marquesina encendida con nuestro show
Certezas de carnaval
Hacer el bar de la esquina era el Colón
Vestido en sueños farsantes
Y mis amigos decían sos un campeón
No te preocupes por nadie
Y ahora que queda este hilo de mi esplendor
Admito su cicatriz
Es que no, no suena tu voz
No hay canción sobre este atril
Pero no, de aquel que fui
Ese aquí, lejos de mí
Y ya no suena el clamor, ni el devenir
Apenas suena todo lo que perdí
Hoy ya sin Luna furtiva de mi canción
Soy preso de mi desdén
La calma causa mareo, no hay más acción
Ni barra donde encontrarme
Aquellos de mi estridente generación
Guardaron sus ideales
Cambió la noche en Corrientes y a la función
Ya no te veo venir
Es que no, no suena tu voz
No hay canción sobre este atril
Pero no, de aquel que fui
Ese aquí, lejos de mí
Y ya no suena el clamor, ni el devenir
Apenas suena todo lo que perdí
Todo lo que perdí
Tuñon
Sob a Lua festiva da minha canção
A sede nos apressava
O nervo solto no centro - sempre Tuñón -
A sobremesa daquela época
Mil canetas gastas na criação
De guardanapos desordenados
Procurando o bronze escondido no sórdido Sol
Enquanto o café fervia
A marquise acesa com nosso show
Certezas de carnaval
Fazer o bar da esquina era o Colón
Vestido em sonhos farsantes
E meus amigos diziam que eu era um campeão
Não se preocupe com ninguém
E agora que resta esse fio do meu esplendor
Admito sua cicatriz
É que não, não soa sua voz
Não há canção neste púlpito
Mas não, daquele que fui
Esse aqui, longe de mim
E já não soa o clamor, nem o porvir
Apenas soa tudo o que perdi
Hoje sem a Lua furtiva da minha canção
Sou prisioneiro do meu desdém
A calma causa tontura, não há mais ação
Nem balcão onde me encontrar
Aqueles da minha estridente geração
Guardaram seus ideais
A noite mudou em Corrientes e para a função
Já não te vejo chegar
É que não, não soa sua voz
Não há canção neste púlpito
Mas não, daquele que fui
Esse aqui, longe de mim
E já não soa o clamor, nem o porvir
Apenas soa tudo o que perdi
Tudo o que perdi
Composição: Julián Peralta / Juan Seren