Ciudad Sin Ti

Cidade Sem Você

Ciudad Sin Ti

Meu calor no limite.Mi calor al límite.
Você na escuridão.Tú en la oscuridad.
Já sinto sua faltaYa presiento tu ausencia
no relógio.en el reloj.
Minhas mãos no limiteMis manos al límite
da rebelião,de la rebelión,
Você dorme comigo,Te duermes conmigo,
eu contigo não.yo contigo no.
E ando no limiteY paseo al límite
gasto, passo a passo, uma cidadegasto, paso a paso, una ciudad
de catedrais sem esquina.de catedrales sin esquina.

Vejo meu reflexo no vidroVeo mi reflejo en el cristal
de cada hotel, de cada bar,de cada hotel, de cada bar,
me escandaliza perceberme escandaliza comprobar
que adoto o papel popularque adopto el papel popular
do cidadão traidordel ciudadano traidor
de semáforos.de semáforos.
Não há engarrafamentos nem calor,No hay atascos ni calor,
só não há revolução sem você,sin ti no hay revolución,
não há diferença no falar,no hay diferencia en el hablar,
só não me resta lugar,sin ti no me queda lugar,
não há lixeirasno hay papeleras
onde jogar a pressadonde echar la prisa
nem guerrilhas nas ruas.ni guerrillas en las calles.

Meu cansaço no limite,Mi cansancio al límite,
sua felicidade me adormecetu felicidad me adormece
quando dá duas horas.cuando dan las dos.
E me sinto no limiteY me siento al límite
para esperar,para esperar,
você vem à mesa,vienes a la mesa,
com o chá, você vai.con el té, te vas.
Mais uma vez contando o mar,Otra vez contando el mar,
lençóis mudando de canalsábanas cambiando de canal
entre um novelo de palavras.entre un ovillo de palabras.

O telefone toca e é o Joan,Suena el teléfono y es Joan,
me salva da tempestade.me salva de la tempestad.
Me faz bem conversarMe viene bien el conversar
antes de voltar a vagarantes de volver a vagar
por pedras que levampor piedras que llevan
a lugar nenhum.a ningún sitio.