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Descarte

Julio Code

Letra

    Propagandas diversas
    Valores tão absurdos
    Nada interativo
    E sua liberdade será o custo
    A formação de cidadãos bons
    Porém tão banais
    Segue sem freio
    Impondo os limites dos imorais

    Te faz eternamente
    Amante da dama pobreza
    Ensina a ter beleza
    Enquanto descarta-te
    Com frieza

    Padrões diversos
    Muitos deles desnecessários
    Perguntas frívolas
    Amores, desejos
    E alguns pecados

    É como
    Se um Deus ditasse-nos
    Tantas regras
    Não se vive em seu nome
    Apenas se vaga às cegas

    É natural para quem
    Vive acomodado
    Ter a verdade
    Como absoluta
    Sempre a seu lado

    Não vai um palmo além
    Do que os olhos permitem ver
    Não confia em si próprio
    Ou no que pode fazer

    Valores múltiplos que
    Não foram nem modelados
    Desejo louco de fazer
    Algo extraordinário

    Mas a insegurança que tem
    Não o permite
    Se não tem açoite
    Ele pensa então
    Estar livre

    Propagandas diversas
    Valores tão absurdos
    Nada interativo
    E sua liberdade será o custo
    A formação de cidadãos bons
    Porém tão banais
    Segue sem freio
    Impondo os limites dos imorais

    Descartado
    Só lhe dão valores de cidadão
    E para os erros cometidos
    Tende a perdição
    É homem bom
    Só precisa da boa oportunidade
    Educação
    Formação
    Moral
    Quer ter faculdade

    Quantas vezes sonhou
    Com sucesso absoluto
    Mas de trampo em trampo perdido
    Ele sepultou a tudo

    Maculado pelo medo
    Assim tão cedo
    É tão jovem
    Não viveu nada
    E a experiência que tem
    Pouco resolve

    Creio em Deus ele disse
    Falou de mais sobre cristo
    De salvação
    De perdão
    E a merda do sacrifício

    Condicionado
    Até mesmo a crer
    No que acha certo
    Pois nunca viu outro rumo
    A não ser o que o deram
    E o que o deram
    O faz uma besta deselegante
    Em treinamento constate
    Proporção para ignorante

    Propagandas diversas
    Valores tão absurdos
    Nada interativo
    E sua liberdade será o custo
    A formação de cidadãos bons
    Porém tão banais
    Segue sem freio
    Impondo os limites dos imorais

    Feito um bólido sem freio
    A toda velocidade
    Vê-se um homem com fúria
    Botando a morte em sua face

    Ansioso espera o fim
    De mais uma manhã sombria
    Já correu de mais
    O corpo detonado pede estia

    Mesmo longe de tudo
    Ouve mil vozes que o chamam
    Calafrios premonitórios
    Motivo para mais espanto

    Mãos em posição de prece
    Pede ao cristo socorro
    Quer silêncio pra tudo
    Que em sua mente
    Causa transtorno

    Não quer mais ser o alvo
    Tão pouco aquele que mira
    Já se cansou de miséria
    Ou de ser usado pela ira

    Agora
    Obstinado
    Na luta por liberdade
    Vai ser útil ao mundo
    E não apenas descarte

    Propagandas diversas
    Valores tão absurdos
    Nada interativo
    E sua liberdade será o custo
    A formação de cidadãos bons
    Porém tão banais
    Segue sem freio
    Impondo os limites dos imorais


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