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Prova de Violeiro

Juninho Caipira

Letra

    Eu voltava de viagem e parei pra descansar
    Num barzinho da esquina pra uma cerveja tomar
    Eu estava ali sentado, quando um sujeito entrou
    Barbudo e sujo de barro, veio me pedir cigarro
    E do meu lado, sentou

    Era um sujeito jovem, dos quarenta não passava
    Começou puxar conversa, só pra ver se eu entrosava
    Perguntei pelo seu nome, disse: Hoje eu sou um João Ninguém
    E ali naquela hora, me contou a sua história
    Dizendo: Já fui alguém

    Quando eu era mocinho, eu morava lá na roça
    Num casebre ao pé da serra, feito de madeira grossa
    Trabalhava com papai e mamãe o dia inteiro
    Apesar de estar cansado, à noite eu estava abraçado
    Com a viola no terreiro

    Até bem tarde da noite, era só divertimento
    A vizinhança reunida, gostava do meu talento
    Mas tudo que é bom, logo acaba, confirma o velho ditado
    E um filho da vizinha, achou de fazer gracinha
    Só porque estava armado

    E naquela ocasião, seu revólver ele mostrou
    O meu pai, apavorado, no braço dele, pegou
    Guarde essa arma, mocinho, lhe pediu com muito jeito
    E sem nenhuma razão, com sua arma na mão
    Atirou contra seu peito

    Fiquei muito tempo preso, mas o criminoso está morto
    Veja estas tatuagens espalhadas em meu corpo
    Pra mostrar que fui violeiro, trago a prova bem guardada
    E mantendo o respeito, mostrou pra mim em seu peito
    Uma viola desenhada.


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