Neverender (feat. Tame Impala)

Ciclos de arrependimento e superação em “Neverender (feat. Tame Impala)”

Em “Neverender (feat. Tame Impala)”, Justice explora o tema do arrependimento e dos ciclos emocionais que parecem não ter fim. A repetição da palavra “Never-ender” reforça a sensação de que certas dores e lembranças permanecem vivas, como feridas que não cicatrizam. O verso “The hardest were the times I don't forget” (“Os mais difíceis foram os momentos que não esqueço”) mostra como as experiências mais dolorosas deixam marcas profundas e persistentes na memória, conectando-se à ideia central da música sobre promessas quebradas e a dificuldade de superar o passado.

A letra traz uma forte autorreflexão, especialmente em “I'll be going / Over what I could've done / Had I known it / At the time” (“Vou ficar pensando / No que eu poderia ter feito / Se eu soubesse / Naquele momento”). Esse trecho evidencia o hábito de revisitar decisões antigas e imaginar como tudo poderia ter sido diferente, um sentimento comum a quem carrega arrependimentos. Já em “The time is upon us, I should've been honest / The pain in my heart, I remember the sharpness / It broke like a promise, I fought on the hardest / Regret is the feeling that lingers the longest” (“Chegou a hora, eu deveria ter sido honesto / A dor no meu coração, lembro da intensidade / Isso se quebrou como uma promessa, lutei o máximo que pude / O arrependimento é o sentimento que mais persiste”), a música deixa claro o peso da falta de honestidade e como o arrependimento se torna uma presença constante. Apesar disso, a frase “But now I go on” (“Mas agora eu sigo em frente”) sugere aceitação e resiliência, mostrando que, mesmo com o passado doloroso, é possível continuar. A colaboração entre Justice e Tame Impala contribui para uma atmosfera melancólica, intensificando a jornada emocional de memória, dor e superação.