what doesn't kill me

Resiliência e superação após o divórcio em “what doesn't kill me”

Em “what doesn't kill me”, Kacey Musgraves transforma a experiência dolorosa do fim de seu casamento em uma mensagem de força e superação. O verso “golden hour faded black” faz referência direta ao contraste entre o período feliz retratado no álbum anterior, “Golden Hour”, e a escuridão emocional do divórcio. Essa escolha mostra como momentos de felicidade podem ser substituídos por fases difíceis, mas não permanentes. Quando ela canta “I've been in hell and back / Golden hour faded black / Exited and ain't coming back” (“Eu estive no inferno e voltei / A hora dourada escureceu / Saí e não vou voltar”), Musgraves deixa claro que enfrentou o pior, mas não pretende retornar àquele sofrimento, reforçando sua decisão de seguir em frente.

A repetição de “what doesn't kill me, better run” (“o que não me mata, é melhor correr”) inverte o ditado tradicional, sugerindo não apenas sobrevivência, mas também um poder renovado: agora, aquilo que tentou derrubá-la deve temê-la. A música destaca a coragem de se abrir para novas conexões e de abandonar situações em que não se sente pertencente, como em “I'm not afraid to connect with something real and just let it go when I know that I just don't fit in” (“Não tenho medo de me conectar com algo verdadeiro e simplesmente deixar ir quando sei que não me encaixo”). O tom confiante e direto reforça a ideia de que, apesar das adversidades, Musgraves emerge mais forte, transformando sua vulnerabilidade em fonte de força.